Refletir, escrever, fantasiar, seduzir, comunicar, informar. Viver

Categoria: Dança

Os festivaleiros do Andanças tiveram, este sábado, oportunidade de fazer, entre outros, um Workshop de Forró, com os professores Camila Alves e Enrique Matos, e de ficar assim conhecer um estilo de dança tão típico deste país, onde – mesmo situado outro lado do Atlântico – se fala Português – o Brasil.

Base um, base dois, base três, frente, trás, lado, rodopia, mas sem nunca perder a contagem – um, dois, três – arrasta pé. Foram alguns dos passos base dados por esta dupla de bailarinos, que fizeram “encher de muita gente” um dos palcos do festival.

No final do workshop, passado entre muito calor, mas debaixo de chuva – boa para refrescar – Camila e Enrique falaram sobre o Espaço Baião, em Lisboa, onde dão aulas, e dos eventos de Forró que organizam, às quartas-feiras, no Titanic Sur Mer, no Cais do Sodré, e aos domingos no Quiosque do Melhor Bolo de Chocolate do Mundo, na Av. da Liberdade, e brindaram-nos com uma demonstração da sua arte, dançando Forró. O brilho, a cumplicidade e a felicidade que sentem ao dançar, não passou despercebida.

Muitas palmas, cumprimentos. E assim se pode observar o carinho dos seus alunos habituais, que participaram ou assistiram ao workshop, assim como a admiração daqueles que ainda pouco sabem sobre Forró. Provavelmente, ficou a vontade de conhecer mais.

Não percam a grande entrevista a estes dois bailarinos, brevemente, no nosso blog.

Festival Andanças: Danças Europeias numa “roda viva”

38279388_10155321303387136_609518973846814720_n

Nem as elevadas temperaturas que se fizeram sentir, na tarde desta quinta-feira, afastaram as dezenas de pessoas que encheram, pelas 17h00, um dos palcos do Festival Andanças, para aprender um pouco mais sobre Danças Europeias, com o professor Matias.

Entre os muitos e abertos sorrisos que se impuseram naquele palco e a vontade de aprender, de dançar, socializar e fazer amigos que todos fizeram transparecer, Matias -com a sua boa disposição e sentido de humor muito próprio – ensinou cinco diferentes estilos de danças tradicionais europeias – Andró, Scottisch, Bourrée de dois tempos, Chappelloise, Circulo Circassiano.

Com diferentes contagens, dependendo da dança em questão, os festivaleiros não arredaram pé, esforçaram-se por apanhar os passos, mas também por desfrutar o momento, dando assim vida ao mote, deste ano, do Festival – “Roda viva”. A par ou em roda, dançaram, divertiram-se e ficaram, com certeza, com vontade de colocar os seus novos passos de dança em prática nos bailes noturnos.

O professor Matias é também presidente do Tradballs, uma organização com a missão divulgar e promover a cultura tradicional, e músico no grupo Fulano Beltrano & Sicrano.

Não perca a grande entrevista a este artista, brevemente, no nosso blog. 

O Festival Andanças começou esta quarta-feira, dia 1, e termina no próximo domingo, dia 5 de agosto.

Com diferentes contagens, dependendo da dança em questão, os festivaleiros não arredaram pé, esforçaram-se por apanhar os passos, mas também por desfrutar o momento, dando assim vida ao mote, deste ano, do Festival – “Roda viva”. A par ou em roda, dançaram, divertiram-se e ficaram, com certeza, com vontade de colocar os seus novos passos de dança em prática nos bailes noturnos.

O professor Matias é também presidente do Tradballs, uma organização com a missão divulgar e promover a cultura tradicional, e músico no grupo Fulano Beltrano & Sicrano.

Não perca a grande entrevista a este artista, brevemente, no nosso blog. 

O Festival Andanças começou esta quarta-feira, dia 1, e termina no próximo domingo, dia 5 de agosto.

DarKirKos – “o circo de ritmos” e de emoções

Foto: Jazzy Dance Studios

Um, dois, três, quatro. Cinco, seis, sete, oito. Volta, contra volta, meia volta. Contratempo. Foram assim os últimos dois dias! Os meus e os de todos os grandes bailarinos que participaram no “DarKirKos – O Circo de Ritmos” – o espetáculo de final de ano da Jazzy Dance Studios Saldanha, este domingo no Tivoli.

Maiores ou mais pequenos, no sábado, todos os espaços da escola de Santos foram aproveitados para mais um, outro e outro ensaios. Jazz, House, Kuduro, Bachata, Kizomba, Irish Dance, Semba, Salsa… Independentemente do estilo, todos estavam empenhados em dar o seu melhor e em “fazer bonito” no dia seguinte.

Stress muito stress, empenho, magia, paixão, cor, imagem, beleza, inspiração… O hula hoop com que tinha de entrar em palco estava a incomodar-me verdadeiramente! Sentia que não tinha jeito e não sabia o que fazer com ele. Sentia-me ridícula… Nem sempre estava em concordância com o meu tão amável e disponível par, que, afinal, em momentos de pressão, também tem mau feito e não aceita que o corrijam.

Criou-se um pequeno desconforto entre nós, até porque aqui a estrela – eu – de santa também não tem nada! “Estas coisas só servem para nos conhecermos melhor e reforçar relações”, disse ele e muito bem! Continuámos a ensaiar como se não houvesse amanhã, mas era já amanhã…

Eu continuava a dar dicas! “Vira para a esquerda. Esquerdaaaa!”, dizia. “Ups, ele não gosta, é verdade!”, pensava. Mais uma vez… Um, dois três, quatro. Cinco, seis, sete, oito. Ouvia-se a toda a hora, por todo o lado! “Tens de partir o braço atrás das costas”, lembrava eu. “Acho que fica melhor se puseres o pé mais atrás. Mas é tudo uma questão de estilo”, dizia ele!

Alguém passou, falou e “brincou” timidamente, como se nunca nada se tivesse passado. Alguém que em tempos me fez cair num poço de tristeza e desilusão que mais parecia não ter fim! Os sentimentos misturaram-se! Lembranças, stress, ansiedade. Respirei fundo! “Concentra-te Sílvia. Já passou. Foca-te agora no que é importante”. As calças de ganga também me incomodavam um pouco. “Mas porque é que não trouxe as leggings?!”. E o ensaio geral fez-se…

Domingo, 10h00, vá 10h30, estávamos no Tivoli! E tudo se repetiu novamente, como se no dia anterior nada se tivesse passado. Um, dois, três, quatro. Cinco, seis, sete, oito. “Tenho de trabalhar melhor o meu stilling!”, partilhei com o meu par. Nada podia falhar, mas ainda não me sentia segura.

Foto: Jazzy Dance Studios

Subimos ao palco para fazer o ensaio de spacing e de luzes. Ouvia o pessoal da organização a usar termos técnicos de que eu nada percebia! Coloquei-me no meu lugar no palco e procurei um ponto de referência para na hora “H” não me enganar! “Eles lá sabem do que falam!…”

Apesar do nervosismo, os camarins eram uma animação. Muita música, muitos sorrisos, muitos abraços, muita dança, muitas fotografias. E assim se esqueceu tudo o que estava lá fora, ou quase tudo. Assim se esqueceu o mundo!

Subimos ao palco novamente! O último e geral ensaio, com roupas, sapatos… Tudo. Nada podia falhar. Era a última vez antes do derradeiro momento!  No corredor encontrei a doce professora de House, que brincou como quem nos dá uma palavra de força! Dei-lhe um beijinho. Ela seguiu. “É tão querida!”, partilhei.

No final, tudo correu lindamente. Com um ou outro pormenor que ficou apenas entre nós – eu e o meu par. Com um olhar brilhante e cúmplice, entre quatro braços trémulos agarrámo-nos para dançar e dar o nosso melhor em frente às, segundo consta, mil pessoas que estavam sentadas na plateia do Tivoli.

Dança, amizade, respeito, admiração, missão cumprida… Palmas. Um abraço apertado!

Andanças: muito mais que um festival de dança

Tal como a escrita, para mim a dança é das melhores formas de expressão. Dançar é deixar fluir o movimento do corpo e a sua energia sem ter de pensar em nada, mas, ainda assim, transmitindo tudo o que me vai na alma. Dançar é ser feliz. É fazer poesia com o corpo!

Um dos pontos altos do meu mês de agosto é o Festival Andanças, que, este ano, se realiza de 1 a 5, em Castelo de Vide, com o tema “Roda Viva”. Não perco!

Para quem não sabe, o Andanças define-se como um festival em movimento e em constante evolução. Onde se dança, se ouve e toca música, se aprende. Onde se partilham tradições e saberes numa atmosfera de comunidade.

Completamente distinto de qualquer outro festival, o Andanças é, acima de tudo, “conexão”, não apenas entre os corpos que se “misturam” no “silencio da música que toca”, mas sobretudo com a terra, com a natureza. O Andanças é arte, alegria, partilha. É variedade, é aprendizagem, é amizade. É amor pela arte nas suas mais diversas vertentes, pela diversidade, pelo planeta. O Andanças é feito de momentos mágicos que a minha memória não esquece e guarda para toda a vida!

O festival recebe músicos e bailarinos do mundo inteiro. De dia, há oficinas de dança, massagens, artesanato, entre outros. À noite, bailes e concertos onde se experimentam passos, ritmos e melodias, a par ou em roda.

Curiosamente, além de reunir pessoas e culturas de todos os cantos do mundo, o que é maravilhoso, no Andanças vêem-se também pessoas de todas as idades, desde bebés aos mais idosos.

Se não conhecem, deviam ir. Eu aproveito, todos os anos, para repôr energia e colocar as ideias no sítio, mesmo sem pensar em nada. Entrar em outra dimensão, sentir-me livre e esquecer o mundo.

“Em Roda Viva o movimento é continuo. Damos as mãos e fechamos a roda, unimo-nos, giramos sobre o nosso corpo e sobre o nosso par, dançamos sem parar. Construímos e evoluímos, aprendemos. Mudamos de lugar e continuamos o trajeto, viajamos, partimos, chegamos. E começa uma nova dança.”

Informações no site e no facebook oficiais do Andanças

Festival ao Largo: CNB enche Largo de São Carlos

O silêncio que se fez sentir entre as centenas de pessoas que se encontravam frente ao Teatro Nacional de São Carlos e que, sentadas ou em pé, não desviaram os olhos do palco, diz tudo. Estavam a ver o último de três espetáculos da Companhia Nacional de Bailado (CNB), inseridos no 10.º Festival ao Largo MILLENNIUM, que decorreu de 6 a 28 de julho, no Largo São Carlos, em Lisboa. 

Como vem sendo habitual, também o Festival deste ano terminou com três espetáculos da referida companhia, que, nesta edição, apresentou três grandes êxitos do seu repertório de ballet clássico e contemporâneo: Serenade, de George Balanchine; Herman Schmerman, de William Forsythe; e Raymonda, de Marius Petipa (terceiro ato). Um programa que acompanhou a evolução do bailado entre o final do século XIX e o final do século XX e que atesta a versatilidade e excelência da CNB em diferentes registos de dança.

A beleza e a elegância dos corpos, simultaneamente leves e firmes, que se misturavam na simplicidade dos seus movimentos, entre coreografias que contam histórias, retiveram as atenções de toda a plateia, como é, desde sempre, apanágio destes bailarinos, da qualidade dos seus espetáculos e da magia dos seus movimentos em palco.

E visto isto, as palavras do filósofo alemão Friederich Nietzsche fazem sempre mais sentido: “Eu só poderia crer em um Deus que soubesse dançar”.

A CNB atuou, como foi já referido, nos últimos dias do festival,  de 26 a 28 de julho.

Page 2 of 2

Powered by WordPress & Theme by Anders Norén