Não percebo muito do assunto, mas “ouvi dizer” que a energia de 2022 era densa e que a íamos sentir na pele… E não é que a sentimos mesmo?! Pelo menos, eu senti! E, melhor, vivi.
O ano começou em GRANDE! Enfrentei uma verdadeira montanha-russa… de vida! Atrevo-me até a dizer que INTENSIDADE foi a palavra de ordem. Uma avalanche de sentimentos, de sensações, de dúvidas e de inquietações… que acabou em saudade.
Ficou a necessidade de respostas. Dúvidas e mais dúvidas. Porquê, porquê, porquê? E quantas mais respostas encontro, mais dúvidas tenho…
A par deste mar revolto que enfrentei, que tanto me realizou, mas que me defraudou, acabando por me levar ao autoconhecimento, 2022 começou também com exigências.
Exigências e mais exigências que se prolongaram, cada vez com mais intensidade, até ao final do ano. Dei, dei, dei… Mas, percebi que aquele já não era o meu lugar.
Para terminar, e para não ser muito diferente do início, 2022 acabou comigo também quase que numa verdadeira montanha-russa (da vida), desta vez, sozinha dentro de um pequeno Smart!!!
Adrenalina não faltou em 2022. Este ano tão vivido, tão intenso e de tanta aprendizagem trouxe-me, sobretudo, uma lição que eu há muito já devia ter aprendido: a importância do EQUILIBRIO entre o DAR e o RECEBER.
Obrigada 2022. 2023, sê bonzinho, por favor!
Aos meus AMIGOS: OBRIGADA. Sou uma sortuda. SEJAM FELIZES.
Melhor ou pior, costumo terminar os anos sempre com um sentimento de gratidão e com a lembrança dos bons momentos que, habitualmente, costumam ser mais e mais marcantes que os maus. É bom!
2021 deixa-me um misto de vários sentimentos: vazio, cansaço – até exaustão em alguns momentos -, angústia, medo, desespero, incapacidade… Tristeza, não. Não tive tempo para a sentir!
Não consigo celebrar 2021, embora saiba que toda esta avalanche de sentimentos (menos positivos) me permitiram crescer e, até, conhecer-me melhor.
Passei meses, semanas, dias e horas intensas e dolorosas em salas de espera de hospitais. E esperava, esperava… o pior. Sem perder a esperança num “final” feliz. Mas um verdadeiro final parecia aproximar-se a uma velocidade que eu não conseguia travar.
“A mãe está mal, mas vamos fazer o possível para que, pelo menos, se sinta bem”, ouvi. Mas como é que lidamos com estas palavras quando se referem à nossa Mãe?! Foi duro. Mentalizei-me que tudo acaba, até mesmo o que nunca devia ter fim, mas dei o meu máximo para que não fosse já. E felizmente tudo melhorou.
A rotura de ligamentos que fiz no pé foi grave, quase total. Doía. Muito, mas não dei importância. Não cuidei tão bem quanto deveria. Piorou. O pé “deixou de ser um pé”. E a recuperação teria sido bem mais fácil e menos demorada e intensa se tivesse sido feita de outra forma. Já não importa, está quase bom!
No meio de tudo isto estava o trabalho, que não era pouco, o mestrado, que envolve concentração, tempo e paciência, a casa… Tudo. E tudo foi feito, mas a vida ficou um pouco por viver. As minhas vontades, os meus desejos, as minhas necessidades… de descansar, de ter tempo para ser eu e de ser feliz.
Ainda assim, seria injusta se esquecesse alguns bons momentos que passei, assim como aqueles bons amigos que estiveram ao meu lado. E a Mel, a gata que veio trazer muita energia boa a esta casa. Obrigada!
2022 vai começar agora com projetos novos e giros. Não consigo celebrar 2021, mas entro em 2022 com o coração cheio de esperança e com a certeza de que o vou viver bem melhor.
Que o nosso 2022 seja iluminado e repleto de momentos felizes e inspiradores. Beijinhos para todos.
Estou há pouco mais de duas semanas em Cusco, no Perú. Sou voluntária num orfanato de crianças com deficiência e estou em casa de uma família local, estando a viver a 100% a sua cultura. Uma maravilhosa experiência de vida, acreditem!
A adaptação não foi propriamente fácil. Apesar de estar a viver com pessoas fantásticas, que me tratam tal e qual como da família fosse, fui “apanhada” pelos “males da altitude”, como por aqui se diz, e por isso passei a primeira semana adoentada, muito cansada e com dificuldades respiratórias.
Apesar de pobre, o Perú é um país fabuloso. As pessoas são acolhedoras, disponíveis, muito conversadoras e sempre prontas a ajudar e a orientar. As paisagens lindíssimas, do mais bonito que alguma vez tive oportunidade de ver.
As noites, à moda da América Latina, são “muy calientes”, fervorosas, com muita festa e muita dança – salsa, bachata, reggaeton, cumbia e também um pouco de pop. “Bailam” todas as noites, como se o mundo estivesse para acabar amanhã! Parecem-me tão felizes, apesar dos imensos problemas que têm. Fazem-me tão feliz.
A família com quem vivo – mãe e duas filhas -, com muito sucesso, faz de tudo para que me sinta bem e acolhida. São ternas, meigas e vão deixar-me tanta saudade! Desde domingo, temos um novo membro na família, Mo! Um estudante de Medinica, natural de Miami, que começa amanhã o seu programa de voluntariado, num centro de saúde por aqui a algures.
Pode parecer estranho, mas viajar sozinha para tão longe é a melhor forma de estar sempre acompanhada e fazer amigos. Alguns por apenas uns dias, outros por semanas! Pessoas de todo mundo, algumas ficam para a vida e deixam até um pouco de tristeza e solidão quando regressam aos seus países ou continuam o seu percurso pelo mundo fora…
São mexicanos, colombianos, argentinos, portugueses, espanhóis, franceses, americanos e até corianos. Por aqui falamos todos os idiomas e temos até um só nosso, onde, por vezes, em apenas uma única frase se utilizam palavras de várias partes do mundo.
Os meus meninos são maravilhosos e dão-me tanto. Se ao inicio senti algum receio, por se tratarem de crianças com doenças mentais, hoje vejo que não havia qualquer razão de ser. São carinhosos, agradecidos e felizes. Dão-me tanto amor! Obrigada a todos aqueles que me ajudaram a encher a mala com roupas, brinquedos e material escolar! Eles merecem muito e foi tão bom ver o seu contentamento ao receberem os “presentes”.
Andar de Zorro, Batman, Imperial, Rápido, entre outros – nomes que dão aos autocarros – foi inicialmente uma aventura, até porque para sair, contrariamente a Portugal onde existe o botão Stop para carregar, temos de nos levantar e gritar “bajar”, o que me deixa um pouco desconfortável!
Também o Natal é vivido com muita festa e alegria. E, apesar de estar longe de quem mais amo, a noite de ontem foi vivida com muita alegria, comida, presentes, fogo de artifício, música e dança. Afinal, o nascimento de Jesus é uma data muito importante que não pode passar em branco!
Assim que possa, escrevo um pouco sobre os lindíssimos locais que tenho vindo a visitar. Desejos de festas felizes. Até breve.
As palhinhas são super “divertidas” – se é que as posso caracterizar assim! Têm tantas ou mais cores que o arco-íris, são biodegradáveis, comestíveis e aromatizadas – feitas de amido de milho, água, gelatina e “sugar glass”. Segundo dizem, é um “tipo de açúcar” (não refinado), que permite que tenham apenas 23kcal, tantas como um limão! Das que pude provar, têm um sabor bastante agradável! Os pratos, mais discretos, são feitos de farelo de trigo. A minha memória remete-me para uma espécie de pão torrado ou algo parecido!
Tive contacto com esta novidade durante as festas dos Santos Populares. Os pratos estavam por “todo o lado”! As palhinhas, vi-as no Time Out Market Lisboa.
Fiquei curiosa, fui pesquisar e descobri que estes “objetos” comestíveis e biodegradáveis são comercializados por uma startup de Santarém, com o objetivo de reduzir a pegada ecológica e a poluição dos oceanos.
Disponíveis em oito aromas – morango, lima, limão, maçã verde, canela, gengibre, chocolate e neutro – que não passam para a bebida e respeitam o seu sabor, as palhinhas são produzidas em Espanha. Os pratos vêm da Polónia.
Não sei muito mais sobre estes “amigos do ambiente”, apenas que pretendem, assim que possível, trazer para Portugal e, eventualmente, produzir cá, produtos que não alterem os nossos hábitos de consumo, com opções descartáveis que sejam amigas do ambiente. E que, a partir do mês de outubro, vão comercializar também palhetas para mexer o café, produzidas com base em fibras vegetais.